Mar! Conha!
Praia deserta
Dedos por onde escorre a areia do Tempo
Ontem
O ressoar das ondas falava de amor!
Hoje
A areia lembra deserto.
Navio perdido na bruma do Tempo,
É o Mar!
Partir
Chegar
Onde ninguém aportou ainda.
De novo o contato da areia.
A solidão. O deserto...
Um objeto diferente
No tocar da areia.
Búzio? Concha?
Búzio não, não quero,
Traz mensagens do impossível.
Prefiro a concha,
Espaço côncavo — fechado
Ostra!
Pérola, valerás o segredo da solidão?
Ostra, só.
A concha que palpam meus dedos
No mar de areia
De uma praia imaginária.
***
Vento,
Teu bailado no pinhal
Assobia no meu sangue
E as naus perdidas
Em rotas impossíveis
Dançam nas ondas do mar!...