20.9.15

Desilusão


No baú dos segredos
Coloquei todas as minhas ilusões
E um resto de sonhos não concretizados.
Aos amores que não tive
E aos que perdi,
Juntei as desilusões
Que muito me pesavam sobre os ombros.
E tudo coloquei, no mesmo baú.
Depois,
Arrastei-o para o jardim,
E lá, enterrei para sempre,
O que ainda restava de mim!

12.9.15

Flores e sombras!


9.9.15

Retomada

            Quando se é forçado a sair, repentinamente, da rotina frenética que é uma sala de aula, faz-se necessário encarar a perda como um luto, semelhante à perda de um ente querido. Afinal, durante anos e anos, nos dirigimos ao mesmo local de trabalho, encaramos um dia a dia sempre igual, e sempre diferente. A cada semestre, construímos pontes de amizade e de conhecimento que nos permitiram a ilusão de que aquele universo era nosso, para sempre. 
       Retomar uma nova atividade, nesta altura da vida, é tentar construir uma nova linha de sentido, tarefa idêntica à de retomar a caminhada interrompida, a leitura do livro esquecido a um canto... tal tarefa demanda esforço e coragem, num momento em que o corpo já nos convida a sossegar um pouco, diminuindo o ritmo acelerado de outrora. Mas, como viver é movimentar-se, aqui estamos para retomar a caminhada.