A vida é tênue como a chama de uma vela
que a leve brisa pode apagar!
Nas
últimas três semanas mantive-me afastadas das redes sociais, por motivos de
saúde. Atualmente estou bem, após uma recente cirurgia de vesícula, emergencial.
A minha Semana Santa (14 a 16 de abril de 2022), foi de dor física até detectar
o problema e de alívio ao voltar da cirurgia sem sequelas e sem dor.
Tudo
começou, pelo que julguei ser uma intoxicação alimentar. As dores foram
aumentando, a sede imensa, apesar de estar constantemente bebendo, ou, pelo
menos, molhando os lábios, até que uma médica amiga, me mandou ir, imediatamente, para o pronto socorro. Obedeci, sem
discussão e lá fui eu, acompanhada de uma grande amiga, com vasta experiência
de cuidados familiares e hospitalares. Chegamos ao hospital, Carlos Chagas de
Guarulhos, onde fui prontamente atendida por uma equipe competente e eficiente,
como convém em tais situações.
Face
aos resultados dos exames, constatou-se a necessidade da retirada da vesícula e
começaram os procedimentos de encaminhamento à cirurgia. O último exame, foi
uma radiografia de pulmão. Avisei que aquela chapa fria nas minhas costas, não
traria bons resultados pois tenho uma hipersensibilidade ao frio. E, realmente,
o frio foi de tal ordem que entrei em hipotermia, bem no momento de ir para a
cirurgia. Foi um susto e surpresa para todo o mundo, pois parecia impossível
que uma chapa de radiografia pudesse causar tal efeito. A equipe médica se
mobilizou em busca de uma solução e eu, completamente lúcida, repetia que
estava com frio, mas nesse momento a voz já não se manifestava exteriormente.
Falaram para eu inspirar, tentei, sem conseguir e então tentei soprar, na esperança de que o ar do pulmão fosse renovado. Enquanto isso, eu acompanhava a
movimentação de médicos e enfermeiros que tentavam achar uma solução levantando
as várias hipóteses do que poderia ter acontecido. Eu, sem a noção de que já
tinha 5 cobertores sobre mim, continuava dizendo, sem sucesso, que tinha frio.
Finalmente chegou o oxigênio e voltei a respirar normalmente.
Nova
bateria de exames para tentarem entender o que tinha acontecido e se as
condições vitais para enfrentar a cirurgia se mantinham. Quando chegaram os
resultados dos novos exames, todos Negativos, eu disse: “Não falei que era só
frio!?” E lá segui para a cirurgia, uma videolaparoscopia, que durou pouco mais
de meia hora e com êxito total.
A
minha gratidão a toda a equipe de plantão que me atendeu com prontidão e
eficiência, desde o instante em que entrei no hospital até ao Sábado de
Aleluia, em que tive alta. Nesses
dias, pude sentir-me forte, temperada, na foice e na enxada com que meus avós lavradores,
desbravaram suas terras, pronta a enfrentar o que me restar de vida, sem fazer
concessões à mediocridade.
E aqui estou, três semanas depois, bem recuperada, contando
esta história de final feliz, às vésperas do Dia das Mães!
Guarulhos,
06/05/2022