20.5.18

Velejando a Vida

              
É difícil, ao velejador, recolher as velas em meio à tempestade, mas é fundamental que o faça. Sem a calma e o esforço necessários e suficientes ao desempenho da tarefa, o barco pode ficar à deriva ou perder-se, definitivamente. 
A vida é como o mar!
Em maré mansa, nós o contemplamos extasiados, e gozamos o imenso prazer e a sensação de paz que nos vem da vastidão das águas tranquilas. De repente, sem aviso prévio, arma-se a tempestade e até o marinheiro mais experiente pode naufragar. O marujo com a percepção mais aguçada, sente a mais leve virada do vento, um cheiro diferente no ar, um arrepio sutil, segue sua intuição e recolhe as velas, diante da perplexidade dos companheiros, que não conseguem entender seus motivos, mas a tempestade chega, as velas estão recolhidas e a embarcação está salva, alguns agradecem.
Assim a vida! Chega sem o manual de navegação e decorre entre calmarias e tempestades violentas. Os mais atentos, intuitivos (nem sempre os mais sábios), percebem antecipadamente os rumos que se avizinham, recolhem ou içam as velas com rapidez e singram cautelosamente os mares, ou se arrojam diante do perigo e vencem as altas ondas.
Só nos resta escolher que tipo de marinheiro queremos ser!

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